segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
É... Não tem jeito... Uma hora todo mundo é obrigado a ouvir uma pergunta idiota. Mas não qualquer pergunta idiota. Tem que ser uma daquelas como de finais de ano, quando vamos a uma ceia com a família toda reunida:

– Esse é seu filho?
– Não. Esse é meu amante, gosto de sair com ele quando saio com minha mulher.
Ou então quando estamos lavando as mãos num restaurante e chega um atrás:
– Está lavando as mãos?
– Não! Estou tentando afogá-las. São muito bobas!

Sem contar na célebre piadinha de qualquer parente chato, de visita em casa, para quando vamos tomar banho:

– Você vai tomar banho pelado?!
– Não, não! Vou de roupa por conta da censura!

Não tem jeito, sempre tem uma pergunta idiota para ouvirmos.

E então resolvi passar num barbeiro, a fim de mudar o visual, antes de ir ao rio de águas cristalinas, ponto turístico de minha cidade natal, Correntina-BA. O calor não deixava a desejar para nenhum baiano. O dia estava tão quente, que era possível ver brasa de carvão pedir água ao churrasqueiro. Piabas já estavam quase pulando do rio para o isopor de gelo com cerveja, queriam se refrescar.

No rio, não fiz muita cerimônia, afinal correntinense da nata, no máximo tira a blusa por respeito ao rio, antes do mergulho. A água estava uma maravilha, fria, limpa, cristalina e, como toda água tem que ser, molhada! A população aproveitava também a beira do rio. Porém quando subi do mergulho vi uma aparentada distante, ainda na margem do rio. Fazia uns 12 anos que não a via!

– Lúcio! Você aqui!  Vi você de longe na cidade, mas estava com cabelo grande. Cortou o cabelo?
Olhei para ela, sorrindo e pegando minhas coisas, quase cochichei.
– Não! No rio ta descendo navalhas... Sorte que arrancou só meu cabelo. Cuidado quando entrar!

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