terça-feira, 30 de setembro de 2014
E aí o trânsito para outra vez. Horário de pico na Praça
da Bíblia é sempre uma tormenta, não desmerecendo os outros lugares. Mas aqui
temos que conviver com motoqueiros em cima da calçada – na verdade em toda
Goiânia – buzinas, ônibus do terminal, motoristas furando sinal e outros
pensando que seta não existe, pra não dizer outra coisa. Pedestre que quiser
atravessar a rua precisa esperar pelo menos uns 15 minutos ou arriscar em meio
os carros.
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Aff... Que calor é esse gente? E olha que agora no final
da tarde deu uma chuviscada. Até parece piada, mas saí ali fora para dar uma
aproveitada na brisa e em menos de cinco minutos o asfalto estava completamente
seco. Até me faz lembrar uma piada antiga e amplamente conhecida:
– Meu amor... diz algo quente no meu ouvido, diz... –
fala a mulher com voz sensual, remexendo seu corpo e insinuando-se para o
marido.
– Goiânia... – ele responde, esbaforido.
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
E então encontrei na rua, ou melhor, no caminho, uma
senhora. Ela vinha atravessando a rua em direção ao Nocaute, bar próximo a
Catedral de Goiânia. Caminhava como se fosse algo tão natural, com sua vasilha
de moedas a mostra e uma sacola de pertences pendurada no ombro. Tinha o rosto
humilde, feições tão sofridas quanto a própria vida, mas com uma felicidade de
dar inveja a qualquer rico por aí.
– Quando a noite vai,
quando o dia ‘invém’, como é bom encontrar com você também... – ouvi sua voz
cantar, assim que passou em frente à mesa que eu dividia com um amigo. Um amigo
que fazia um tempo que não saia e que, aliás, passei a ignorar assim que essa
senhora despontou na calçada.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Ela estava lá toda prosa se arrumando para o namorado. Afinal,
sabe como é... Nem só de estudo e trabalho vivem as mulheres, mas também de
quaisquer saidinhas para cinemas e bares também. Mesmo sendo meio de semana.
A maquiagem estava quase pronta quando aquela bendita luz azul
do celular começou a piscar mais que um neon de cinema adulto da Av. Anhanguera
e menos que as setas dos carros em Goiânia. Piscava descontroladamente e junto
com aquele som típico para avisar que há uma notificação não lida.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
– Que desperdício...!
Sim, essa foi a primeira frase que ouvi no momento em que
entrei na panificadora, próximo ao terminal Praça da Bíblia. A atendente olhava
para uma mesa com quatro homens vestidos com roupas esportivas. E outra logo
atrás suspirava corações partidos quando viu um dos quatro segurando a mão do
outro em forma aparente de carícia.
– Boa tarde, me vê um misto completo, por favor – falei
com a primeira atendente.
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Estava ali, em plena terça-feira. O sol dessa cidade
castigando seus já poucos cabelos brancos e seu corpo agachado próximo a uma
caixa de papelão que escondia um ‘tesouro’ alimentar. Estava ali, sendo
praticamente pisoteado e atropelado por todos que passavam cegos de sua
existência. E catava verduras, frutas, legumes, ou o que estivesse à mão e
fosse desperdiçado pelo super mercado Universo. Contei pelo menos três vezes o
encarregado da sessão de hortifrúti embicar um caixote de madeira em cima da
caixa em que catava, sem nenhum cuidado. Não aparentava se importar com quem
ali estava e muito menos disposto à delicadeza de oferecer, mesmo que restos.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014
E então depois de um sono relativamente tranqüilo – se é
que posso dizer que dormir na frente do Hospital de Urgências de Goiás, onde
moro, ouvindo as sirenes e ambulâncias durante a noite é tranqüilidade – acordei
e me arrumei para ir à faculdade, lá no Campus Samambaia, setor Itatiaia.
(Resumindo: longe a dar com pau).
Entretanto para chegar à faculdade não é lá muito fácil. Primeiro
tenho que enfrentar uma manada de gente que pisoteia o que ou quem estiver na
frente só para conseguir um lugar para sentar no veículo até chegar ao centro.
Depois outra manada de pessoas da mesma forma apenas para conseguir entrar num
ônibus que vai da Praça Cívica ao Campus.
(Sinceramente, eu não entendo o que esse povo, parece até que nasceu cansado ou
tem a síndrome da meretriz. Dá até brigar por um lugar para sentar.)
quinta-feira, 18 de setembro de 2014
– Vai para calçada vagabundo! – Gritou um senhor com
uniforme de polícia de dentro de seu Gol do ano.
Já era quase meio dia. E logicamente, como qualquer
outro, eu estava louco para ir para casa fazer o almoço. Mas com aquele grito até fiquei sem reação.
Olhei para o lado, e para o outro, me fixei na possibilidade de que ele não
estivesse falando comigo, em vão, e por uma fração de segundo ponderei na
possibilidade de realmente ir para a calçada. Entretanto essa não seria uma escolha
possível.
Nem bem tinha acabado de tomar meu café da manhã e me veio um 'garoto', de mochila a tira colo, calça jeans, camisa lisa vermelha, com um adesivo no peito, (Que claro não vou citar o bendito candidato nem o ParTido dele), 'falar' sobre um tal político.
- Bom dia, rapaz, você já tem candidato?
Claro que com essa pergunta, levemente minha sobrancelha direita levantou automaticamente, como quem já está pensando naquele coice. Até porque ninguém tem um candidato literalmente
- Bom dia, rapaz, você já tem candidato?
Claro que com essa pergunta, levemente minha sobrancelha direita levantou automaticamente, como quem já está pensando naquele coice. Até porque ninguém tem um candidato literalmente
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