quarta-feira, 26 de novembro de 2014
É... Quem diria pai. Você estava certo!

O ‘ser adulto’ chega logo, já não volta o tempo, e adultera os sentidos de um saudosismo quase que discreto, em sua indiscrição de nos fazer lembrar, anos tão atrás...

Lembra de quando caminhando pela rua, você parava para colher uma folha e fazê-la de corneta...? Pois é... Nessa correria do dia a dia, não tem mais folhas. Mal vejo árvores de dentro das salas frias e mesas de madeira que, como todos os dias, me sento para analisar textos, contando os minutos.

Lembra de quando orgulhosamente, chegando do ‘canal’, esperava um minuto para uma foto com aquele peixe, que de certa forma ainda tenho trauma? É... Meu pai... Quem diria, sinto falta daquilo. Mesmo que quando eu via o tal pescado, berrava e implorava para não chegar perto. Hoje, mal vejo o aquário virtual de meu tão tecnológico computador.

É... Pai! Sinto falta até mesmo das brigas da adolescência. Porque mesmo em conflito, sabia que em algum lugar, ainda tinha tempo para um riso discreto e necessário à nossa educação moral. E agora entendo o motivo de tão poucos sorrisos também, meu pai.

O ‘ser adulto’ não tem graça e adultera nossas pequenas vontades, em busca de um sonho de melhoria para nosso filho. Justamente por estarmos a tanto tempo vivos e percebermos que, não importa como lutamos, sempre há uma curva onde, por um motivo torpe, podemos perder nosso sangue. Por isso, desejamos ao máximo criar as condições impossíveis para que, no fim, ele seja aquilo que não pudemos. Sem o contratempo de algo faltar.

É... Meu pai... ‘Ser adulto’ é chato, achata nossos sentidos, planificando ao entendimento que temos daquele medo do rosto sisudo, mas que no fundo temos admiração.

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