quarta-feira, 26 de novembro de 2014
É... Quem diria pai. Você estava certo!

O ‘ser adulto’ chega logo, já não volta o tempo, e adultera os sentidos de um saudosismo quase que discreto, em sua indiscrição de nos fazer lembrar, anos tão atrás...

Lembra de quando caminhando pela rua, você parava para colher uma folha e fazê-la de corneta...? Pois é... Nessa correria do dia a dia, não tem mais folhas. Mal vejo árvores de dentro das salas frias e mesas de madeira que, como todos os dias, me sento para analisar textos, contando os minutos.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Atendente: Bom dia, senhor! Em que posso ajudar?

Eu: Bom dia, moça. É o seguinte, estou sem internet já desde sexta-feira, salvo em alguns momentos em que ela resolve dar algum sinal.

Atendente: Como assim? Ela não está funcionando...?

Eu: Não está, moça. Ela faz a conexão, mas logo em seguida caí. Não estabiliza o sinal.
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Quem nunca ‘postou’ algo nas redes sociais só para ganhar uma curtida, comentários, ou mesmo para tentar passar a imagem de ‘carinha descolado da turma’, com a desculpa de que achou engraçada a publicação, que atire o primeiro computador! – Mas de preferência aqui no meu colchão... Vai que não quebra...

Acontece que agora, ou melhor, já de um tempo, tudo virou modinha, principalmente nas redes sociais. Ou vai me dizer que não vemos o tempo todo o Chapolin comentando feriado, o Seu Madruga falando de pobreza e algumas nuvens sendo arrastadas por uma corda para várias cidades diferentes...? Isso, claro, quando não vemos montagens em fotografias para postagens do tipo “eu tenho sabedoria e sou engraçado...!”
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Não sei se foi pela influência da cerveja ou da vontade de reler O Guia dos Mochileiros das Galáxias, que durante uma avaliação sobre os jornais atuais, me trouxe a ideia de que todos eles deveriam ter na capa um selo bem grande escrito em letras garrafais e amigáveis, a frase: NÃO ENTRE EM PÂNICO!

Sim! Pode ter sido a cerveja, mas de fato deveria existir uma lei que obrigassem as mídias impressas ou mesmo as de web, rádio e televisivas, a usarem essa advertência quase que com neon piscando, para alertar a população de seu conteúdo, quase sempre, sanguinolento. Inspirando calma ou pelo menos tentando passar uma leve aparência de preocupação com a sanidade de seu consumidor. Afinal nem sempre estamos preparados para o que vemos.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Como sempre, caminho por Goiânia em busca de algo que me surpreenda. Porém, sinceramente, a única coisa que tem me surpreendido, ultimamente, são os obstáculos ‘inventados’ para que nós pedestres não possamos caminhar. Encontramos de tudo um pouco, de mesas de bares a carros estacionados na calçada. Chega até impressionar com o tamanho descaso do poder público e, principalmente, da população como um todo.

Eu estava ali no Setor Aeroporto, com todas as suas ruas confusas e sem nenhuma ordem lógica. O sol judiava da minha ‘moleira’... – ri me recordando dessa fala de quando eu morava na Bahia. A placa da esquina indicava a Rua 16A com Rua 6A. Nenhuma das duas era a que eu queria. Precisava chegar a Rua 15A. Puxei do bolso meu celular. Fiquei estarrecido ao ver, pelo GPS, que a bendita rua que eu precisava ir estava completamente do lado oposto do mapa e não em sequência.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Sabe mãe, estava caminhando na cidade, e acho que de tanto andar, só hoje percebi a esquizofrenia que a humanidade está adquirindo. É, mãe! A esquizofrenia do imediatismo. É uma pressão alucinada e com brilhos dourados de cifrões que piscam, ainda mais, nos olhos de que tem dinheiro. Uma urgência tão grande que deixa a falsa impressão de que um dia tem menos tempo do que o outro. E essa correria, nos faz sentir tão sós... Não há tempo para conversas na porta da casa, não há tempo para olharmos para o lado e ver que nada disso vale a pena. E com pressa não interessamos se no fim não aproveitamos os poucos minutos ao lado de quem gostamos. Importa menos ainda para muitos que dirigem nas estradas, correndo para economizar míseros segundos.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
- Você é muito inteligente. - disse eu ao garoto.
- Obrigado.
- Já sabe o que vai ser quando você crescer?
- Já. Vou ser caminhoneiro.
- Mas não pensou em outra coisa, você tem muita capacidade, pode ser qualquer coisa!
- Bem, eu queria mesmo ser médico...
- Ora, então seja!!
- Não posso!
- Não pode? Não pode por que?
- Porque eu sou negro.”
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Não fazia muito tempo que tinha acabado de acordar. A fila da linha 021 parecia não ter fim, mas dessa vez o ônibus estava no horário. Fui um dos felizardos e ser um dos primeiros a entrar e conseguir acento, dessa vez.

– Sabe amiga, acho que vou procurar uma dessas clinicas de estética para colocar um silicone no meu bumbum – disse uma moça, morena, sentada num dos bancos reservados para idosos. Ela não parecia se importar.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Era só mais um dia ‘incomumente’ normal. O dia tinha sido tão cheio quanto podia no setor Marista. As notícias corriam desde acidente, de um trânsito desumano nessa capital, à pessoas que foram assaltadas em pontos mais distantes do bairro. O salão de beleza do bairro estava cheio de mulheres querendo fazer apliques, maquiagens, cortes, hidratações para combater as pontas duplas, entre outras. Eu já estava cansada de ficar em pé, andando de uma cadeira a outra até o anoitecer.

Assim que saí do serviço meu telefone tocou. Pensei que fosse algum cliente ou minha chefe, quase não atendi. Era o pai do meu filho. Há um tempo nos separamos, mas até pelo motivo de que temos um filho juntos, resolvemos tudo amigavelmente e mantivemos contatos, sem nenhum interesse. Ele queria um pouco do meu tempo, “precisava conversar, desabafar.” Dizia.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
Enquanto isso, eu estava acordado de madrugada e por mais "incressa que parível", trabalhando. Normalmente é um horário silencioso aqui no prédio, mas eis que pela janela chega um som estridente e quase ensurdecedor de uma... Como posso dizer?... hmmm... errr... Profissional do Sexo a preço de custo - não, nunca perguntei o valor, mas só por estar aqui no Setor Universitário não deve cobrar muito.  Até porque se tem uma raça que é sem dinheiro, até mesmo para comprar Toddynho, é o tal do estudante.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Não demorou. Foi tudo uma questão de poucos segundos, chuto a dizer que aconteceu em no máximo 30 segundos. Uma freada, um som de pneu cantando atrás, um vulto, a batida fofa, uma buzina e pessoas aglomerando formavam quase que uma platéia na calçada. Carros faziam fila e reduziam conforme o reflexo do motorista para também não bater.

Assim partiu um pai de família, talvez avô. O sol nem havia raiado direito, nesse horário de verão. O trânsito, para variar estava pesado, denunciando a falta de estrutura viária, fazia com que pedestres esperassem mais que cinco minutos por uma brecha entre os carros para atravessar a avenida. Motoristas, aqui, costumam não se importar com as sinalizações.
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Goiânia, como no restante do país, também se organiza em filas. São filas para banheiro, caixa de supermercado, loterias, estacionamento proibido em curvas, filas de mesas nas calçadas, e até fila para usuários de drogas. O único lugar que ainda não vi fila foi para entrar no transporte coletivo. Nesse caso, o povo simplesmente sai atropelando o que vê pela frente e não respeitam idosos, grávidas, muito menos crianças.

Porém o que mais me impressiona são as situações e conversas que podemos presenciar nas filas, principalmente quando vamos fazer compras. Por ventura, hoje, logo que tive uma pequena folga após seis horas ininterruptas de trabalho, sem almoço, mas com um pouco de café graças a namorada, resolvi que seria interessante esticar alguns minutos para comprar qualquer lanche num supermercado a caminho de uma prova aplicada pelo professor Joãomar, em minha graduação.
segunda-feira, 3 de novembro de 2014

E de longe já podia me ver correndo como quem vai tirar o pai da forca. Não! Eu não estava fazendo um cooper, nem tão pouco estava vendo uma horda de torcida organizada vindo em minha direção para assaltar. Não! Também não estava com diarréia e muito menos precisava ‘conquistar’ o transporte coletivo. Eu só pensava no motivo pelo qual coisas bizarras tendem a acontecer comigo...

Só para variar um pouco, perdi o horário e para não chegar atrasado resolvi retirar um pouco de meu dinheiro para pagar um táxi ao invés do costumeiro transporte coletivo da linha 021 (Flamboyant/Pça. Bíblia). O dia estava tranquilo, devido o horário de pico estar no final, além disso, dessa vez resolvi não comer por ali perto, afinal os últimos lanches, de certa forma, foram perigosos para minha sanidade.

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