quinta-feira, 30 de outubro de 2014
E aí não teve jeito. Matreira como toda dor é, surgiu assim do nada, logo abaixo do peito. A respiração ficou complicada, como se quisesse evitar a movimentação muscular do tórax e o ar faltou. Não sabia o que era. A última vez que tinha sentido isso eu tinha tomado um chute bem dado de um companheiro de Karatê Shotokan, mas, ainda assim, durou por algumas horas e depois fomos nadar, como se nada houvesse acontecido.

Essa dor de hoje não parecia que queria ir embora e olha que tentei argumentar, massagear, aplicar ‘Arnica’ (Gelol do Centro Oeste vendido nos melhores caixeiros de rua), chá e até remédio para relaxamento muscular, nada adiantou. Essa dor veio birrenta, briguenta de forma a me obrigar a tomar o rumo do Araújo Jorge, hospital público de referência em Goiás e o mais perto de casa.
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
É... De alguma forma creio ter me perdido no tempo, muito embora eu tenha menos idade que a maioria dos considerados idosos nesse país. Antigamente, e me refiro a acontecimentos de apenas 10 para 15 anos atrás, as pessoas costumavam conversar mais, ao menos de onde venho. Não tinha essa coisa de permanecer mil horas em frente ao computador fuçando em um perfil de fulano ou ciclano, só para ver o que a pessoa anda fazendo.

Não, naquela época as pessoas tinham mais o que fazer e, se quisesse realmente saber ou participar da vida do interessado, buscavam uma aproximação cara a cara. Virtualidade era o conceito aplicado a algo existente apenas em nossa imaginação. Completamente diferente dessa considerada amizade atual ou lugares criados para conhecer pessoas, como o Tinder, que não existe fisicamente falando. Não, naquela época a melhor forma de se fazer novas amizades ou mesmo de ‘chavecar’ aquela guria ou guri era a boa e velha roda de amigos, mesa de bar, uma saída na livraria, talvez um café...
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Se tem uma coisa que preciso fazer com uma grande urgência, é mudar os lugares que resolvo comer. Não pelo motivo de serem ruins, mas pelo fato de que atualmente não andam fazendo muito bem para minha sanidade mental. Sério, devo ter cara de: “vamos lá, que tal me importunar um pouco? Não estou fazendo nada mesmo!”

O dia ia muito bem. Só para variar acordei alguns minutos atrasado do horário em que eu deveria começar a pensar nas coisas de trabalho. Mas ainda assim, até pela fome matutina que não é pouca, resolvi tirar uns 20 minutos para um café rápido. Vantagem de quem não tem exatamente um chefe.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Sinceramente, o povo brasileiro é engraçado, não tem outro termo melhor. Na maioria do tempo reclamamos do governo, esperneamos contra a corrupção, falamos em falta de ética dos políticos. Porém somos completamente incapazes de avaliar quem estamos escolhendo para o governo. E aí, até por falta de informação (que nunca buscamos) ou pelo simples motivo de que não nos interessamos de fato sobre o assunto, vem o fanatismo.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
A tarde já estava chegando próximo ao fim, quando resolvi por bem cumprir um dos meus antigos rituais. Tomar café. Só Deus e minha falecida avó sabe o quanto gosto dessa bebida, mas com o calor que anda fazendo ultimamente é até perigoso arriscar tomar quente. Sendo assim, chegando no Café da Tia Nair, resolvi pedir um café gelado e 4 pães de queijo. Não tinha o biscoito frito. O local até que estava vazio para o horário, o que não é de estranhar pela temperatura.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Como caso raro de acontecer, no amanhecer de hoje o sol surgiu de forma tão surpreendente que só fui ver perto das 9 horas, quando iluminou meu quarto. Afinal, quem nunca acordou atrasado para algo? Tudo bem que comigo acontece sempre. O céu estava limpo, e o chão repleto de roupas que eu juro, mãe, vou lavar em algum momento. Mas enfim isso que comecei a narrar não tem absolutamente nada haver com o que eu queria contar... Entretanto como é um diário, vale a pena o lembrete da roupa.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Sei não, mas se a franquia de filmes “Tá Chovendo Hambúrguer” fosse de Goiânia nessa época de eleições, sem citar as outras cidades brasileiras, o nome com a máxima certeza seria: “Tá chovendo coxinhas”. Não importa para onde vá, desde embarcar no transporte coletivo a tomar uma cerveja no fim da tarde, todos os lugares estão infestados de pessoas arrotando opiniões pseudo-intelectuais, no mais pleno e absoluto senso comum, e brigando com os demais sobre os dois candidatos a presidência.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Sei que está ficando até chato toda vez terem que ler que nessa cidade está muito calor. Mas sério, dessa vez não tem como não falar, até porque acredito piamente que só o calor é capaz de mexer assim com a cabeça da população a ponto de fazer com que pessoas criem ‘fan pages’ no Facebook, apoiem e até queiram se casar – sim, eu disse casar – com o Serial Killer confesso de Goiânia. Atualmente chamado de vigilante pela mídia local.

É... Só pode ser a temperatura. Não quero acreditar que mesmo após a apresentação e reconstituição de um dos crimes, entre 22 mulheres e 17 homens assassinados por ele, pessoas o intitulem de herói, apoiem o rapaz, ou desejem se casar chamando-o de perfeito, criando páginas de adoração como ‘oanjo da morte’ e Tiago Henrique Gomes da Rocha te amamos’, sem ter sido por culpa de uma enorme insolação causada por caminhar num sol de meio dia nessa cidade no coração do Brasil.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
O dia hoje prometia...

Graças a ideia de uma amiga para apresentação de uma palestra, eu estava vestido como há muito não faço, todo de preto, num dia em que a palavra calor já se tornava em mantra popular em plenas seis horas da manhã.  Sendo assim, um chapéu branco na cabeça para tentar suavizar não iria ser exatamente uma má ideia... Ao menos algo iria proteger minha cuca. A palestra durou pouco tempo, o tema não era lá dos mais complicados, e a sala estava quase cheia e em silêncio. O problema mesmo foi após tudo. Tive que voltar para minha casa sob um sol de quase meio dia.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Não sei se só eu, mas andei percebendo nesses últimos dias um bando de ‘espertalhões’ nas ruas da cidade. Eles ficam aqui e ali perambulando em volta dos terminais de ônibus, em frente das faculdades da Praça Universitária ou ao redor dos vários bares que tem aqui em Goiânia. Estão sempre maltrapilhos, cheiram a qualquer coisa ruim e, quase sempre, mancos ou fingindo uma espécie de deficiência.  Ultimamente até entram nos ônibus do transporte coletivo com uma fotografia de uma criança com câncer, do qual afirmam ser pai/mãe, e pedem ajuda para comprar os supostos remédios. Mas não se engane, não é qualquer centavo. Eles pedem quantia quase fixa, do tipo R$ 5,00, R$ 2,00 e até R$ 10,00. Inclusive pensei que fosse uma inflação de esmolas, quando ouvi esses pedidos pela primeira vez.
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Acho que nunca passei tanto calor como nesse ano em Goiânia. As coisas aqui andam tão complicadas de temperatura, que até tenho medo de chegar na cozinha e confundir minha geladeira com o fogão e fazer o almoço. Olha que por eu ser baiano, graças ao Senhor do Bonfim, deveria suportar o calor, mas estou sofrendo... E nessa época do ano, só para complicar mais, o ar é seco - mas de uma secura tão grande, que não me estranharia ver  nordestinos, como eu, se arrumarem no primeiro pau de arara de volta pra terra natal, buscando ares mais frescos.
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
 – Um bandido desse tem é que ser pego pela população... Um bandido desse, (me desculpe falar assim, mas é a minha opinião e que muitos não têm coragem de dizer), merece é apodrecer na cadeia. Aliás, cadeia é muito pouco, merece é morrer mesmo... Merece é que a polícia dê um chá de sumiço nele... Ah! Mas aí vem os direitos humanos passar a mão na cabecinha desse tipo de marginal... Comigo não! Pra mim tem é que tomar cacete o dia inteiro! – comentou o apresentador de um programa jornalístico estilo Cidade Alerta – só assim para ele aprender a viver em sociedade...!
sexta-feira, 10 de outubro de 2014
Se tem uma coisa que vem tomando conta de minha cabeça hoje é a pergunta: O que será que os cabos eleitorais tem contra meu café da manhã?

Diferente da última vez o sol já havia nascido há algumas horas. Sexta feira é dia de eu começar meus afazeres mais tarde. Mas nem por isso deixei de ir a minha padaria favorita comprar meu café, que hoje seria mais reforçado. Misto quente e suco de limão. O horário de pico já tinha se encerrado, mas ainda assim era possível ver grandes aglomerações de pessoas dentro do terminal Praça da Bíblia, nada fora do comum.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Tudo começou por conta de um acidente de trânsito. Só para variar.

E a noite nem tinha começado, o horário de pico estava no auge. Pessoas transitando em busca de voltar para casa após um dia de serviço, outras indo para faculdade e trabalho, lotavam as ruas da cidade. Na esquina, bem perto a um semáforo um carro estava com o pisca alerta aceso.

Era um acidente aparentemente casual, muito comum em Goiânia. Afinal, que essa é a capital onde parece que todos os motoristas aprenderam a dirigir na casa da mãe Joana, não é novidade nem para os gringos. Aqui, motoristas formados pelo teórico Departamento de Trânsito não tem o costume de dar seta, possivelmente por achar que se der a sinalização que irá virar, significa perder a virgindade do olho **. Mas mesmo assim alguns ainda aceitam o risco que é dirigir nessa cidade que ninguém, nem a mãe Diná, conseguiria prever a direção dos carros.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
É mais que consenso. ‘Tô’ me tornando velho e ranzinza. Já não consigo aceitar essa teórica juventude atual com suas músicas no estilo: “se eu te encurralar no meu cafofo você vai ficar é louca...” ou essas que só dão comando de “subir, empinar, descer”. Sem contar nas inúmeras letras que, definitivamente, não falam uma língua inteligível como as: “rá rá rá rá rá rá rá lepo lepo” ou a do “dim dim dim dom dom dom”.

É... Definitivamente estou me tornando um velho e ranzinza em meus plenos 27 para 28 anos. Mas isso porque não consigo entender a vida do pão e circo. O governo, literalmente, se fu... para a população e o ‘povo’, mesmo depois de uma manifestação histórica em junho de 2013, continua a manter os mesmos no poder em 2014. Não consigo entender essa ‘gente’ que presta mais atenção em UFC, Futebol, BBB, A Fazenda, do que no próprio país. Mas isso devem ser apenas ‘ranzinzisses’ minhas, afinal ta aí a juventude que sempre critica e briga na internet. Até porque a internet tem uma força tão grande pra tudo... Não é?
terça-feira, 7 de outubro de 2014
E sequer havia nem chegado o meio dia nessa cidade, mas eu já estava morrendo de fome. Preferi então, ao invés de ir até em casa para cozinhar, almoçar num restaurante perto, o preço estava agradável de pagar e o local cheio de clientes, apesar de ser apenas 11h30. Assim que entrei cumprimentei o rapaz que entregava a comanda na porta do restaurante – hábito comum em Goiânia – e fui lavar as mãos. Porém havia uma pequena fila.

– Você viu o resultado da eleição? – Disse uma mulher com um crachá de uma repartição pública situada no Jardim Goiás, para outra que estava à frente – Elegeram novamente a Dilma. Porque mesmo tendo o segundo turno, é muito provável que ela ganhe novamente. Esse povo é mesmo muito burro.
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
– O que tem jogar o papel no chão? Se não houver lixo o gari não trabalha!

Sério, quem nunca ouviu essa frase, principalmente na hora em que estamos com alguém e o criticamos de jogar lixo nas ruas, seja pelas janelas de ônibus, carros ou mesmo a pé? Não entendo a dificuldade alheia de não conseguir segurar seu copo, papel ou o que quer que seja até o próximo lixeiro, mesmo que seja em sua própria casa. Uma vez que lata de lixo em Goiânia é quase tão raro quanto o bom senso político do prefeito.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Se tem uma coisa que nunca entendi completamente é por que os psiquiatras nunca receitaram andar de transporte coletivo como remédio para insônia? Dormir no ônibus é uma prática bem antiga. Dizem que foi desenvolvida por trabalhadores cansados, adaptada por estudantes do ensino superior e aperfeiçoada por passageiros que não querem dar lugar para os idosos.

Chega a ser algo que mereceria um estudo mais aprofundado. Veja bem, aqui na Praça da Bíblia, diariamente, podemos ver multidões se aglomerando para esperar os coletivos, seja para chegar ao trabalho, faculdade, escola, seja para qualquer outro canto da cidade. Na fila encontramos de tudo, desde pessoas rezando por um transporte com mais dignidade, a pessoas serelepes que cantam, dançam e até tocam bateria imaginária (esse último sou eu mesmo). Porém após a chegada do transporte e da briga matinal pelo embarque, quem consegue um acento simplesmente apaga. Principalmente os que estão perto de alguma janela, até porque a prática de dormir em ônibus exige algumas habilidades, como manter a cabeça firme sem pender demais para os lados ou chacoalhar conforme as ondulações do asfalto goiano.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Endereço... Será que só eu tenho problemas com a localização das coisas aqui? Que chame o carteiro de louco quem souber a lógica das ruas no setor Aeroporto. Se tem uma coisa que aprendi nesses nove anos de convivência, aqui na cidade é a necessidade de falar o endereço por pontos de referência. Turistas ou novos moradores, vindos de qualquer outro estado em que as cidades falam endereço por ruas, como São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, se perdem completamente justamente por não conhecer esse hábito típico Goiano.
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
E como está calor nesses últimos dias em Goiânia... Como até já citei em outro dia, a solução para isso, nessa cidade, é atolarmos no sorvete ou viajarmos para o entorno. Porém como viajar em dias de trabalho? Sendo assim, os supermercados e sorveterias é quem estão lotados de pessoas em busca do alívio gelado.

Só que comprar o que quer que seja nessa cidade, não é tão fácil quanto parece. Quem nunca passou pelo caixa de supermercado para comprar um papel higiênico que seja e foi surpreendido pela caixa perguntando se você não quer recarregar o celular? Na verdade, parece que recargas de celulares estão bem na moda de ser oferecido. Se chegarmos a uma farmácia está lá a bendita recarga. Dizem as más línguas que essas tais recargas estão sendo oferecidas até em funerárias. Quase uma promoção, compre dois caixões e ganhe uma recarga de R$ 100,00 para sua operadora.

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