quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Endereço... Será que só eu tenho problemas com a localização das coisas aqui? Que chame o carteiro de louco quem souber a lógica das ruas no setor Aeroporto. Se tem uma coisa que aprendi nesses nove anos de convivência, aqui na cidade é a necessidade de falar o endereço por pontos de referência. Turistas ou novos moradores, vindos de qualquer outro estado em que as cidades falam endereço por ruas, como São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, se perdem completamente justamente por não conhecer esse hábito típico Goiano.

Na verdade até imagino que isso seja devido uma paixão dos goianienses pela capital. Quando eles não sabem o local exato, te dão um ponto de referência genérico para que você, turista ou novo morador tenha a oportunidade de conhecer melhor essa cidade tão bela e de qualidade de vida invejável. Mas aí alguém deve perguntar: então nessas outras cidades ninguém se comunica por pontos de referências? Sim, comunicam. O problema é que na maioria delas os tais referenciais vem acompanhado de nome da rua, número do estabelecimento ou ao menos a altura da rua, quando ela é muito extensa.

Hoje por exemplo eu precisava encontrar uma empresa numa Avenida de apenas 18km mais ou menos. Então como eu nunca tinha ido ao local precisei, infelizmente, de várias informações para encontrar. Por algum motivo mirabolante do destino a Oi resolveu que não ia liberar a internet do meu celular para eu pegar o endereço corretamente. Sendo assim, entrei no Eixo Anhanguera e desci na plataforma da Avenida Araguaia.

– Oi, moça, você poderia me dar uma informação? – perguntei para uma menina que vestia uniforme do Fujioka, mas que andava sem nenhuma pressa, apesar de já estar próximo às 10h –Será que poderia me dizer onde fica a escola de dança Mexico Migo? (Sim, alguém resolveu fazer esse trocadilho para uma escola de dança.)

– Iih, moço é longe... – Disse depois de me avaliar – Você vai precisar pegar o Eixão.

– Tudo bem, sem problemas, você pode me informar? – respondi.

– Você segue reto aqui toda vida – apontou rumo ao Setor Novo Mundo – e após cinco plataformas você pode desembarcar.

Eu sabia que para aquela direção não era, afinal eu tinha vindo de um lugar perto de onde ela apontou. Entretanto não questionei, conheço bem a fama dos goianienses que nunca assumem não saber o endereço e que dessa forma ensinam errado. Agradeci, virei as costas e me encaminhei a plataforma. Alguém desembarcando ali deveria saber.

– Brother... – Encostei no segurança da plataforma de embarque da Anhanguera – você sabe em que altura da Anhanguera fica a Escola de dança Mexico Migo?

O rapaz coçou a cabeça, tirou o cape de segurança.

– Irmão, fica perto de uma banca de revista depois da Av. Tocantins – me respondeu com firmeza.

Sinceramente, até que me surpreendi inicialmente. Porque foi o primeiro, em todos meus anos morando aqui, que me deu uma informação com ponto de referência e rua. Só que nisso há um problema. Quem já andou pela Anhanguera, certamente conhece a Av. Tocantins, e sabe que Banca de revista não falta na região. Na verdade é até um conglomerado de bancas, elas estão em todos os lugares da Av. desde em frente a lojas como em esquinas. E após 30 minutos caminhando na região, não achei a bendita escola de dança.

 Sendo assim, foi buscar novas informações. Decidi que agora eu iria a um taxista. Mas bem, achar táxi parado em Goiânia é mais difícil do que achar pessoas que sabem informar. Desisti e resolvi caminhar pela Avenida Anhanguera e só depois de 15 tentativas, achei a escola. Estava lá, perto da Praça A, do setor Campinas. 3km do lugar da primeira informação.

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