quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Não sei se só eu, mas andei percebendo nesses últimos dias um bando de ‘espertalhões’ nas ruas da cidade. Eles ficam aqui e ali perambulando em volta dos terminais de ônibus, em frente das faculdades da Praça Universitária ou ao redor dos vários bares que tem aqui em Goiânia. Estão sempre maltrapilhos, cheiram a qualquer coisa ruim e, quase sempre, mancos ou fingindo uma espécie de deficiência.  Ultimamente até entram nos ônibus do transporte coletivo com uma fotografia de uma criança com câncer, do qual afirmam ser pai/mãe, e pedem ajuda para comprar os supostos remédios. Mas não se engane, não é qualquer centavo. Eles pedem quantia quase fixa, do tipo R$ 5,00, R$ 2,00 e até R$ 10,00. Inclusive pensei que fosse uma inflação de esmolas, quando ouvi esses pedidos pela primeira vez.

 O engraçado é ouvir os pedidos. A maioria conta uma história incoerente de como eles estão hospedados no hospital Araújo Jorge, com a criança internada, mas precisam de dinheiro para pagar o leito de um hospital público. Outros contam sobre a perna com trombose que teoricamente não conseguiria fazer muitos movimentos, mas que consegue perfeitamente andar e até correr pelas plataformas de embarque e desembarque dos terminais. E alguns ainda insistem que a criança, seu filho(a) está com câncer e precisa de dinheiro para comprar um remédio para quimioterapia, e aí quando você olha a receita está escrito: Dipirona gotas...

Entenda que não critico os que realmente necessitam, até porque os que realmente precisam não estipulam preço da ajuda e sim aceitam de bom grado o que vier para auxiliar. Até conheço pessoas que realmente precisam, e quase sempre ajudo como posso. Como o caso do catador de comida perto doUniverso. Eu critico são realmente esses espertalhões, que a meu ver deveriam estar presos por estelionato, até por tomarem o lugar de quem realmente precisa, afinal quantas pessoas esses fingidores de mendigo não devem enganar? E não seria a primeira vez, em Goiânia um caso ficou muito famoso quando desmascararam uma mulher que se passava de mendiga nas ruas, enquanto na verdade tinha carro, boa casa e praticamente sustentava a família com dinheiro alheio.

O pior que essa prática vem ganhando força, quando um é descoberto ele simplesmente se muda de bairro. Já vi o mesmo cara tanto aqui no Universitário, quanto no setor Aeroporto e Bueno. Sempre com a mesma história e aí de você se não der o dinheiro que ele pede, que é nada mais nada menos que R$ 5,00, você é ofendido até a quinta geração de seus tri netos.  Para esses casos eu sempre uso a desculpa de que estou só com cartão. Mas confesso que tenho medo que um dia esses falsos mendigos passem a usar uma Cielo.

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